terça-feira, 15 de novembro de 2016

Resumo

Já se passou tanto tempo, e aconteceram tantas coisas.
Absolutamente tudo mudou.
Eu já não tenho mais certezas.
Estou em paz comigo, entendo as minhas emoções, e sinto e vivo. As linhas tênues que separam as coisas já são invisíveis, a gente sabe que estão lá, só não sabe onde.
Nestes anos eu amei, e fui amado, e também feri e fui ferido.
Minha confiança foi traída por pessoas que eu nunca imaginei que iriam me trair, claro, geralmente é dessas que vem a traição.
Eu conheci a Adriane, que é uma pessoa incrível, uma das pessoas mais fantásticas que eu já conheci, mas que é infeliz. Eu não tive a maturidade de desenvolver um relacionamento com ela, e me arrependo disso. As vezes penso nela, e quero muito que ela seja feliz, gostaria muito de poder ajudar nisso, mas ela está muito distante agora.
Quase todos os relacionamentos que me sobraram são superficiais.
Profissionalmente as coisas estão indo bem, e tendem a melhorar muito pelos próximos meses.
Mas as vezes eu paro de trabalhar, me sinto incomodado, ansioso, cansado e ligo alguma música e volto a trabalhar.
Estou aprendendo novos idiomas, tenho gostado bastante, particularmente do idioma russo.
Tenho uma boa dose de cinismo me acompanhando no dia-a-dia.
Ainda leio as pessoas, e agora definitivamente sempre esperando pelo pior de cada uma delas.
Minhas habilidades estão muito apuradas, principalmente análise e dedução, e eu gostaria de usar minhas habilidades de alguma forma para fazer o bem para as pessoas. Mas é um desejo genuíno, partindo de mim, e não porque as pessoas mereçam.
Então este é o futuro reservado para mim, bastante trabalho, bons projetos, bastante dinheiro, e sigo sozinho e conformado com isso.
Esse é um resumo para os próximos anos, enquanto durar, e depois, acaba.

terça-feira, 30 de setembro de 2014

É você.

É você que eu estive procurando.
É você que tem estado nos meus pensamentos durante os meus dias,
e nos meus sonhos durante as minhas noites, nas que eu durmo.
E é pensar em você que tira o meu sono, nas que eu não durmo.
É você que eu tive medo de perder, e é na sua presença
que eu fico ainda mais desastrado.
É a sua reprova aquilo de que eu mais corro,
e é pra onde eu sempre me sinto levado.
É você que, apesar de eu ser quem eu sou, me faz me sentir "não bom o bastante".
Não é exagero meu dizer, que eu viveria por você, e eu morreria por você.
Mas foi você que me chamou de exagerado.
A vida perto de você é mais leve, e eu me sinto tão pesado, perto de você.
Sou eu que sou problemático, paranoico, vingativo, mal... Não sou bom o bastante.
Mas se eu não fosse assim, e se você pudesse ter gostado de mim, e eu pudesse escolher,
teria sido você.
Pra você, tudo indica que não serei eu.
Mas mesmo que você siga por aí, e eu fique por aqui, pra mim, é você.
E continuará sendo, e vai ser pra sempre.
Não é exagero. Sim. Eu sei. Tem muita gente por aí.
Mas não é ninguém dessa muita gente que eu estive procurando.
E não é ninguém dessa muita gente que eu achei. É você.
Você acredita em outras vidas, se você estiver certa, talvez em uma dessas
tenhamos uma chance.
Eu só acredito nessa. Mas não preciso de outra. Já que nesta mesmo, eu já achei você.
Você vai ser feliz. Eu sei. É da sua natureza.
Você tem esse seu olhar poderoso, que desarma, e esse seu sorriso que deixa as coisas mais leves.
Eu não sei se você vai ler isso, eu acho que não. Eu não quero que você sinta dó, ou tenha
pena de mim. Você é muito boa, muito mesmo. Por isso que eu sei, que não sou bom o bastante.
E ta tudo bem,
E por onde quer que eu vá, por aí, eu não vou procurar mais ninguém, e não vou me deixar
encontrar por mais ninguém. Não preciso. O que eu preciso eu já tenho, eu tenho a certeza
que você vai ser feliz.
E não importa o que acontecer daqui pra frente, estamos juntos.
Eu nunca vou sumir pra você.
Escorpianos quando prometem cumprem.
Sempre que você me deixar, eu serei pretensioso, na pretensão de deixar seus dias menos cinzas,
de te trazer algumas cores, algumas flores, pretensioso como eu sou e posso ser.
Eu queria ter te dito isso tudo, olhando nos teus olhos.
Mas lá não era lugar.
E quantas foram as vezes que eu te chamei pra aquele passeio?
Algo que diz que eu não vou poder cuidar de você de perto, nem ver o seu tique com os pés
 jogando vídeo-game.
Esse mesmo algo, me faz sentir uma pequena angústia aqui dentro,
e eu posso ver o seu olhar agora, e eu estou sorrindo um sorriso bobo pra uma imagem sua
dentro da minha cabeça, e você sorriu com esse seu sorriso que deixa as coisas mais leves.
E por onde quer que eu vá, por aí, o que quer que aconteça e por pior que seja, eu vou ser
o cara mais forte, e ninguém vai me derrubar, porque eu tenho comigo a certeza de que eu
te deixei bem, de que eu te deixei feliz. Que problema me derrubaria, sabendo que você
está feliz? O que mais eu quereria? O que mais eu quererei?
Quando eu comecei a ver, que os seus olhos não me viam, da mesma forma que os meus viam você...
Doeu.
Eu senti vontade de chorar. Eu chorei, na verdade.
Mas era uma dor suportável, ora não é o amor que tudo suporta?
Eu não lembro na verdade, quando foi a primeira vez que eu me toquei que te amo.
Ah! Como eu queria ter te dito isso, olhando nos seus olhos...
Eu te amo.
E a verdade é que eu não vou deixar de te amar.
Eu sei que o que eu sinto por você, não existe em função do que você sente por mim,
é de dentro de mim, e é de verdade. É o presente que você me deu.
E quantas foram as vezes que eu te chamei pra aquele passeio?
Eu sei o que eu sempre vou sentir por você, e eu sei que é você.
Eu não preciso de mais nada.
É você.

domingo, 16 de fevereiro de 2014


Não sei quanto tempo faz desde a última vez que eu escrevi, vi isso por esses dias, mas não me lembro agora.
Naturalmente muita coisa aconteceu desde a última vez que eu escrevi.
E naturalmente me decepcionei bastante nesse meio tempo.
Mais do que me decepcionei, senti muita raiva em alguns momentos.
Escrever ainda é a minha maneira de extravasar todos esses sentimentos primários de uma forma mais elegante. Tenho essa preocupação de ser elegante quando estou com raiva, se pretendo destruir pessoas, por que não fazer isso com classe?
Só que eu não quero destruir ninguém.
Eu sei que já houve o tempo em que eu não me achava bom o bastante, e se não me engano minha última postagem foi a respeito disso.
Não tenho mais esse pensamento, o que me preocupa não é ser bom o suficiente, isso eu já aprendi que eu sou. O que me preocupa é o fato de ser mal o suficiente.
Eu estou escrevendo pra alguém que provavelmente nunca vai ler isso, escrevendo coisas que esse alguém (ainda que desconfie) nunca vai saber. Eu sei, não é culpa sua.
Como alguns dos meus poucos amigos mais próximos sabem, o que eu sou agora é resultado de muita coisa. E resultado de muita coisa ruim, no meio dessa muita coisa.
Eu só me sinto deslocado. Sabe?
Quando você sente vontade de ir para algum lugar, que não seja nenhum lugar para onde você vai?
Não estou reclamando da minha vida, reclamo de não ter você nela. E não ter você nela.
E agora, eu já não sei mais, se eu ainda quero.

domingo, 28 de julho de 2013

À deriva, vislumbrando o farol

Eu conheci você, afinal.
Eu esperei muito pra te conhecer, por um momento, duvidei que iria te conhecer.
Durante todo esse tempo, eu imaginei como você seria, a lógica dizia que eu imaginava demais.
Você não poderia existir, não dessa forma.
Mas você existe mesmo, afinal.
Eu já falei de você, para os meus amigos mais próximos e queridos, falei que eu esperava um dia te conhecer.
E agora eu te conheço.
Mas o que você me mostrou, ao ir exatamente de encontro ao que eu imaginei, é que a minha realidade não condiz com a minha imaginação.
Vislumbrar alguém como você, revela um pouco mais de mim.
Revela o quanto eu teria de ser melhor...
Mesmo agora que te encontrei, não consigo deixar de me ver sozinho.
Sendo você quem é, sendo você como é, como posso eu, não querer o melhor pra ti?
Sendo eu quem sou, sendo eu como sou, como posso eu, me julgar o melhor pra ti?

Será que te farei bem estando por perto?
Não seria gesto maior de carinho, privar-te da chance, do mal que posso causar-te?
O que enubla a minha visão e angustia o meu coração é não querer ver-te sofrer, sobretudo temer, que um dia seja eu o causador desse sofrimento.
Você provoca felicidade, mas é feliz? Sou eu capaz de trazer-te felicidade?
Me apavora a possibilidade falhar contigo, e falho como sou, este é um perigo real, e sendo mal como sou não te faria mais bem ao afastar-me de ti?
Com tudo o que sou, e que tenho, com tudo o que posso fazer, mesmo assim não chego aos teus pés.
A verdade é essa, seria necessário viver toda a minha vida, melhorar o tanto quanto preciso melhorar e repetir o processo inúmeras vezes para que um dia eu pudesse, chegar aos teus pés.
Mas não posso, só tenho uma chance, o tempo não volta e você já está aqui.
O que acontece agora?
Esperei tanto, imaginei tanto, quis tanto, para hoje apenas contemplar-te?
Para permanecer sozinho, mesmo estando ao teu lado?
Terminaria eu, à deriva, mesmo vislumbrando através de toda a escuridão que já conheço, a luz reconfortante de um farol indicando a costa?
Terminaria eu, à deriva, mesmo tendo encontrado a terra à vista que em minhas navegações eu estive procurando?

domingo, 3 de março de 2013

Sozinho.

Algumas vezes, você pára pra pensar.

Você pensa nela, nelas, neles, e surge esse silêncio.

Um quase vazio, você olha para os lados e se vê sozinho nesse silêncio que surgiu.
E não tem vontade de quebrar esse silêncio.

Não importa, qual fascinante seja essa personagem, é só mais uma personagem na mesma história.
E você já sabe como a história se desenvolve.

Sabe que não vai mudar, de tempos em tempos você pára pra pensar, e desperta, e olha para os lados...

E se vê sozinho.

Não é como se fosse algo ruim, eles são fúteis, você prefere ficar sozinho.
Se é que se possa chamar de preferência.

Sozinho.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Sobre o que acontece

Mais uma vez, senti vontade de escrever.
Mas ai, tem a pergunta, dessa vez não tem o tema.
Falar sobre o que acontece, escrever sobre o que acontece...
E o que acontece?
Tanta coisa. Tanta coisa.

Tem o inesperado, surpresa gostosa, com gosto de prosa, bom gosto de prosa.
Tem o evento, e talvez tenha sido ele que me deu essa vontade de escrever, ele é culpado.
Culpado de eu lembrar minhas culpas, e minhas inocências.

Lembrar da lembrança que eu já quis esquecer, e do passado que passou, e do futuro que passou,
e do presente que não quer passar.

Lembrar que eu pensei, em um alguém, que fosse alguém, e que não era.

E lembrar de quem se foi, porque tinha que ir, ou porque eu sumi com quem não tinha.

Sobre o que acontece.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012



O crepúsculo é este sossego do céu ...

O crepúsculo é este sossego do céu
com suas nuvens paralelas
e uma última cor penetrando nas árvores
até os pássaros.
É esta curva dos pombos, rente aos telhados,
este cantar de galos e rolas, muito longe;
e, mais longe, o abrolhar de estrelas brancas,
ainda sem luz.
Mas não era só isso o crepúsculo:
faltam os teus dois braços numa janela, sobre flores,
e em tuas mãos o teu rosto,
aprendendo com as nuvens a sorte das transformações.
Faltam teus olhos com ilhas, mares, viagens, povos,
tua boca, onde a passagem da vida
tinha deixado uma doçura triste,
que dispensava palavras.
Ah, falta o silêncio que estava entre nós,
e olhava a tarde, também.
Nele vivia o teu amor por mim,
obrigatório e secreto.
Igual à face da Natureza:
evidente, e sem definição.
Tudo em ti era uma ausência que se demorava:
uma despedida pronta a cumprir-se.
Sentindo-o, cobria minhas lágrimas com um riso doido.
Agora, tenho medo que não visses
o que havia por detrás dele.
Aqui está meu rosto verdadeiro,
defronte do crepúsculo que não alcançaste.
Abre o túmulo, e olha-me:
dize-me qual de nós morreu mais.
Cecília Meireles, Elegia 7.

sábado, 20 de outubro de 2012


Os últimos dias tem sido... Interessantes.
Em alguns momentos, têm aquele peso que a gente carrega ao longo do tempo,
mas por incrível que pareça, eu recuperei a minha fé em pessoas.
Na verdade, ela foi recuperada, o trabalho difícil não foi meu, mas aconteceu.
E eu sei da minha tendência natural, de me isolar,
de ficar quieto e seguir sozinho, mas...
Não sei se eu estou ficando mais intenso,
ou se as emoções que eu tanto calo com a minha frieza, decidiram gritar;
Ou se na verdade estou me isolando de mim, e talvez isso incomode,
mas estou sentido mais a solidão.
E não é sempre, mas... Tem momentos em que isso é muito ruim.
Tem essa vontade não saciada de pertencimento,
e um senso intermitente de despropósito.
Viver sozinho tem seu lado bom, afinal pra seguir sozinho a gente tem que ser forte,
pra fazer frente a todos os demais, e as vezes isso é mesmo preciso.
Mas as vezes eu me pergunto, se sou tão forte, em totalidade.
E eu desconfio que não, porque se fosse, não incomodaria,
e de tempos em tempos eu não sentiria essa falta, um vazio.
E sim, eu estou cercado de pessoas, tenho alguns amigos distantes
e troco palavras com eles as vezes, tenho minha família e novos amigos mais próximos,
mas... É como mesmo estando cercado de pessoas, eu estivesse sozinho.
É estranho.
Não é algo de que eu fale com frequência, na verdade nunca falei.
Meu refúgio no momento, é escrever apenas.
Mas que fique registrado, que pelo menos uma vez, eu escrevi sobre
esse pequeno vazio, que está por aqui em algum lugar, e que as vezes
não parece tão pequeno.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Aquela velha canção...

O silêncio nos serve bem.
As vezes há vontade de dizer algo, algo de significado, mas as palavras fogem.
Caminhando na mesma velha estrada, a ponto de cansar.
Em meio a caminhada, aquele momento em que a gente pára...
Tem alguém por perto e a gente quer falar, mas tem o velho cansaço...
A tensão...
E as palavras fogem.
Até porque o silêncio nos serve bem...
Mas tem alguém por perto, que as vezes diz alguma coisa...
E aquelas palavras ecoam por todo aquele silêncio de caverna escura e vazia.
Ecoam mas não vão embora, caverna feito concha na areia de praia,
e elas, as palavras, não fogem.
Ficam cantando a velha canção.
Nesses momentos que eu procuro uma canção nova, fujo do silêncio,
procuro a música barulhenta, em som alto pra ensurdecer as pedras pelo caminho.
Canção pra lavar a alma.

domingo, 15 de janeiro de 2012

De volta, onde nunca fui

De volta, onde eu nunca fui,
indo ao lugar de onde eu jamais saí.

Essa história é grande.
Maior do que todas as que eu já li.

Mais de uma vez, eu me enganei achando ter chegado ao clímax,
mas eram apenas atos que nos levariam até lá.

Cada um daqueles momentos foi de fato importante, eles nos mostraram
um pouquinho da gente.

Em uma certa ocasião, conheci um homem de máscara, personagem importante
que eu abandonei.

E lá estava eu, seguindo em frente, o mesmo intrépido rapaz
em busca dos dias melhores, de vencer o que precisava ser vencido.
Mas pouco tempo depois, notei que não era mais aquele.
Não era mais aquele fiel seguidor das regras, esperançoso rapaz que inspiraria
e salvaria o mundo a qualquer custo.
Compreendia que as regras já não eram sólidas, pois suas razões já não eram reais.
Precisavam ser quebradas.

O que estava nascendo, em cada um daqueles momentos era algo poderoso,
elemental, nenhum deles poderia imaginar, e eu só percebi quando já era tarde demais.

Completo.

http://www.youtube.com/watch?v=uEApf_FT25M

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Num lugar comum.

Querida, talvez você não leia, e talvez, seja melhor assim.
Há alguns anos atrás, eu nasci.
E enquanto pequeno aprendi um número que era difícil de desenhar,
mais tarde, talvez pela dificuldade, ele ficou meu predileto.
Era o número dois.
Poesia, ele nunca foi o meu número, eu sempre fui um, e por muito tempo,
eu andei por aí, e falei com muita gente.
Eu precisava aprender tanta coisa! Tanta coisa!
E um dia, eu conheci você, e conheci essa música.
Aquele não era eu, e aquela não era você.
Mas tanta coisa mudou, e eu aprendi tanta coisa!
Querida você me ensinou o que nenhuma delas me ensinou,
e com o tempo, eu aprendi que o tempo não existe.
E temos as escolhas, e tantas escolhas diferentes!
Acho que a vida é isso, o final, a gente não sabe quando vem,
e se viesse agora?
Pensar assim, nos faz pensar, no tudo que passou...
Mas sabe o que eu descobri?
Aquele era eu.
Eu estou aqui, mas ainda estou lá, e estou em muitos lugares.
E você foi a minha melhor amiga, mas nunca nos vimos.
Eu vou terminar esse texto, e vou seguir por aí...
Direi algumas palavras a antigas amizades,
algumas outras para as novas, outras para uma amiga especial,
e algumas para uma garota especial.
No fim, não é a falha que fica, mas a falha é importante, só que eles não sabem.
Querida, nossos caminhos se separam aqui sempre estaremos lá, mas
jamais nos veremos, e eles jamais nos verão.
Eu amo você.
Eu amo aquelas amizades.
Eu amo aquela garota especial.
Eu amo cada segundo dessa vida, cada um deles.
Poesia, eles acabam.
Se em algum dia, você ler, saiba que estou aí, sempre estarei.
Tudo ficará bem.

sábado, 16 de julho de 2011

Algumas palavras, que falam sem terem sido ditas e ditam por mim o que querem dizer por si.

Aquele velho momento...

E tem esse sentimento, que não é um, mas é como se fosse, difícil falar...

Algumas daquelas pessoas foram capazes de mentir, e se foram.
Algumas daquelas pessoas foram incapazes de mentir, e houveram momentos tão bons!
Mas também se foram.

E numa noite, alguma coisa ou outra, um encontro ou outro, e você se lembra de tudo.

E lembra também do que ainda não foi, e já sente saudade.

E sabe o rumo da história, mas não consegue parar de folhear esse livro, e vendo a quantidade de páginas por vir, sente aquele leve aperto no coração, porque a história está terminando.

Um líder melhor, nem sempre é aquele que nunca falhou, mas aquele que falhou, superou a falha e estará pronto a ajudar a outros, pois mais cedo ou mais tarde, todos nós caímos e é nesse momento que se enxerga muito da vida.

É muito importante amar alguém.

Amar alguém é mais do que a expectativa, você não ama para ser amado, você ama porque escolheu amar, e isso não depende da outra pessoa, por que todos temos nossos defeitos e se fosse assim, todo amor morreria fácil.

Amizade é essencial.

Sozinho eu não sou nada. Com amigos, eu ainda não sou nada, mas sou um nada mais feliz, e que faz parte de um tudo.

O tempo não existe, é tudo um único grande momento, e nós criamos o tempo para tentar entender as coisas, e esquecemos que já entendíamos, e tentando entender, deixamos de entender.

Eu ainda aprecio momentos sozinho, na companhia de eu mesmo, conversando o bom e velho assunto sem palavras ao som do meu silêncio.

E as vezes eu volto aqueles momentos, esqueço estar sozinho na companhia daquelas pessoas que se foram, mas estão ali, junto com as palavras que não foram ditas, e todo o resto, e nesses momentos eu esqueço de lembrar do que é, e do que ainda não foi.

E esqueço que estou sozinho, na companhia de eu mesmo, conversando o bom e velho assunto sem palavras ao som do meu silêncio.

domingo, 26 de junho de 2011

Dia de chuva. Chuva lá fora.
Em dias de chuva lembro daquele menino.
Menino que gostava de chuva.
Menino inocente, que sempre gostou de uma boa conversa,
conversar é modo de dizer, ele nunca foi muito de falar,
mas escutava.
Escutava com atenção, a admiração alheia, e admirava admirar.
Ainda que não admirasse a admiração, mas gostava de escutar,
e aquelas eram boas conversas.
Mesmo só, nunca sozinho, transformava qualquer coisa em brincadeira,
qualquer entreolhares em jogo,
e escutava.

Saudades daquele menino.
Menino que gostava de chuva.
As vezes pergunto para onde ele foi?
Mas só as vezes, a resposta não é tão bonita.
O mundo não perdoa a admiração inocente, a inocência alheia,
a vida simples é repudiada por eles, mas um dia eles se voltam para ela,
e buscam ter o que aquele menino tinha,
tinha e tem, prefiro crer, que onde quer que esteja, as vezes ele sempre volta,
principalmente nos dias de chuva, que ele tanto gostava.

Nestes dias, sei que ele pensa, seria bom ter companhia,
para uma boa conversa.

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"Abrindo um antigo caderno
foi que eu descobri:
Antigamente eu era eterno." - Paulo Leminski

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Voltei a escrever aqui.
Sei que se você lê, sabe que eu escrevi, mas as vezes, posso agir assim sem sentido.
Não há sentido em dizer o que já se sabe, exceto...

Bem, nem tudo o que se sabe faz sentido.
Há aquilo que se sabe, e que é sentido, e nesse caso especial podemos repetir,
mesmo que não faça sentido.

E olha onde estamos!
Sabe?
Eu não sei.

E naqueles dias eu vi aquelas personagens, e eu vi risos e alegrias,
e lágrimas e tristezas, e estavam aqui, e se foram, e eu estava aqui, e me fui,
e agora estou aqui, eu acho.

Me atrevo a reler tudo o que fora escrito aqui, para saber quem eu não sou mais.

E também, me atrevi a escrever aqui, para saber quem eu sou mais.

Parece que escrever eu ainda sei.
Escrever sem sentido, tendo sentido que essa é a melhor forma de escrever, sobre o que se sente.
Porque tem coisas que são, e outras coisas não são, as vezes achamos que é, e talvez seja,
mas se for, não fará sentido, será sentido.

E aí já foi. Ou não.

Essa memória...
Essas lembranças...
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"No fim tu hás de ver que as coisas mais leves são as únicas
que o vento não conseguiu levar:
um estribilho antigo
um carinho no momento preciso
o folhear de um livro de poemas
o cheiro que tinha um dia o próprio vento..." - Mário Quintana

domingo, 3 de abril de 2011

Reflexões...

Contemplativo, agora escrevo, no momento do meu pensamento, transcrito em palavras,
o que as palavras não podem dizer, mas podem tentar expressar, o que faz parte de mim.

Dia chuvoso, maravilhoso dia chuvoso, como os de outrora, momento silencioso, frio.

As últimas horas foram cruciais, mergulhado em reflexões, não tenho vontade de dizer.
Não tenho muito o que dizer, pois os pensamentos são mais rápidos que a boca.

Enganar-se com um algo ou alguém é natural, não sei se me enganei, parte de mim,
acusa-me por superestimar, e essa parte sugere uma forma de conduta, conclusiva.
Outra, tenta ver o quadro maior, diz que não foi assim, não houve superestima e sim
excesso de expectativa.

Tenho muitos contatos, tenho muitos projetos, tenho poucos amigos, alguns recursos,
mas a verdade, é que estou sozinho.
Sempre foi assim.

Estou triste agora.

Muitos pensamentos e lembranças me passam pela mente.

Durante muito tempo, eu tive esperança, há pouco tempo perdi a fé em muito do que
eu acreditava. Eu quis ser significativo, eu ajudei pessoas... Mas há essa sensação.
Sensação de solidão, sensação de silêncio, sensação de despropósito.

Não sei de nada... Não sei de mais nada...

Só estou aqui, quieto, em silêncio, sem querer mais pensar, nem falar...


Há essa sensação... Esse sentimento... Acho que vai acabar...

quarta-feira, 16 de março de 2011

If

Eu perdi a fé nas pessoas.

"Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem". - Hebreus 11:1.

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Trilha sonora recomendada para esta postagem: If - Pink Floyd.
Link para donwload: http://bit.ly/g1JN7U
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O homem louco está em silêncio.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Mr. Sandman

Somos feitos para viver em sociedade, desde o início isso ficou provado.

Se você crê no criacionismo, a evidência será Adão sentindo-se sozinho, e então Deus o fez cair em sono profundo e de sua costela gerou a Eva.

Se você é evolucionista,, e evidência será o fato de que sozinho, nenhum homem primitivo era capaz de sobreviver.

De qualquer forma, a tendência de relacionar-se faz parte do ser humano, mas é claro existem diversas formas de se relacionar, e os diferentes tipos de pessoa estão aí fora coexistindo.

Vou introduzir agora, o que chamo de "entropia social".
A entropia é um princípio da termodinâmica, é a transferência de calor do corpo mais quente, para o mais frio, e isso corre através de transferência de energia, um corpo tem suas partículas mais agitadas e elas vão batendo uma nas outras e contagiando as demais e quando você percebe tem um bate-cabeça dos brabos ali.

Entendendo entropia, e isso foi uma explicação extremamente superfícial, apenas para mostrar o conceito, é possível compreender o que eu chamo de entropia social, as pessoas a nossa volta, que escolhemos ou não para participarem de nossas vidas são como corpos quentes, e nos transmitem calor, a tendência da natureza é pender para o equilíbrio, então se um corpo é mais quente que o outro, trocam calor, até que fiquem em temperatura equivalente.

Por mais poderoso que você seja, é impossível sobreviver sozinho, e sempre haverá uma pessoa especial, ao menos espero que haja, com quem você pode contar, em muitos casos serão estas pessoas a fonte do seu poder.

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Trilha sonora sugerida para este post: Mr. Sandman - The Chordettes
Link para download: http://bit.ly/hbcIdg
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Dia outro, do mesmo mês quase no aniversário, do ano que passa rápido.

Querido diário, você não é querido, ou talvez seja, mas as pessoas insistem em
falar com você, e eu que sou louco.

Durante muitos anos o homem louco vivia sozinho,
no seu mundo em transição, o homem louco perdeu a fé nas
formiguinhas, elas só sabiam buscar açucar...
E tinha aquela tarefa chata e trabalhosa de andar naquela corda bamba,
ainda que ele pudesse voar, não podia fazê-lo direito, ainda tinha que treinar.
Sem saber das demais personagens especiais que voavam, o homem  louco
começou a se armar, e ele decidiu ser forte, poderoso para enfrentar todas
as formigas de uma vez.

Um dia o homem louco percebeu que enfrentá-las todas sozinho, era loucura,
e ele caiu lá de cima, e caiu muito rápido e para muito fundo.
ele estava pesado com pesos que lhe entregaram enquanto voava por aí,
e ele caía, quando viu uma personagem especial, e descobriu que não estava sozinho!

Feliz, ele aos poucos foi melhorando em voar, e colocou um sofá no céu,
de onde via as formigas, e as vezes, ele visitava aquela personagem especial,
não demorou tanto, para que ele encontrasse mais e o homem louco
já não era tão só. E num dia muito feliz, ele conheceu sua irmã, eles eram muito
parecidos, ela era mais velha, e ele decidiu cuidar muito bem dela, por que nem
todas as famílias não podem serem escolhidas, há aquelas que nós escolhemos,
e essa tem muito mais valor.


"Aqueles que passam por nós não vão sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós."
Antoine de Saint-Exupery

domingo, 6 de março de 2011

Sandman - pt.1

Sandman - O Mestre dos Sonhos.


Programa para leitura: http://bit.ly/dp2ddD

Primeiro arco - Prelúdios e Noturnos.
 Volume 1 - http://bit.ly/hK3UKl
 Volume 2 - http://bit.ly/h3030f
 Volume 3 - http://bit.ly/ewdvBf
 Volume 4 - http://bit.ly/fO3qy9
 Volume 5 - http://bit.ly/fCGJkr
 Volume 6 - http://bit.ly/fyOqj5
 Volume 7 - http://bit.ly/fPB5I9
 Volume 8 - http://bit.ly/ijpUsT
 Volume 9 - http://bit.ly/gODgpm




All Along The Watchtower

Você, ao longo da sua vida, pode estudar diversos conceitos e coisas e tals,
mas dificilmente algo será tão intrigante quanto a inevitabilidade.

Ao menos para mim, dificilmente algo é tão intrigante quanto isso.

Ao longo dos últimos anos, meses e o tempo que eu tenho de vida, ela esteve comigo,
o tempo todo, a inevitabilidade, em algum momento eu vislumbrei o que me tornaria,
em algum momento até tentei mudar isso.

A História de Édipo.

Segundo a lenda grega, Laio, o rei de Tebas havia sido alertado pelo Oráculo de Delfos que uma maldição iria se concretizar: seu próprio filho o mataria e que este filho se casaria com a própria mãe.
Por tal motivo, ao nascer Édipo, Laio abandonou-o no monte Citerão pregando um prego em cada pé para tentar matá-lo. O menino foi recolhido mais tarde por um pastor e batizado como "Edipodos", o de "pés-furados", que foi adotado depois pelo rei de Corinto e voltou a Delfos.
Édipo consulta o Oráculo que lhe dá a mesma previsão dada a Laio, que mataria seu pai e desposaria sua mãe. Achando se tratar de seus pais adotivos, foge de Corinto.
No caminho, Édipo encontrou um homem e, sem saber que era o seu pai, brigou com ele e o matou, pois Laio o mandou sair de sua frente.
Após derrotar a Esfinge que aterrorizava Tebas, que lançara um desafio ("Qual é o animal que tem quatro patas de manhã, duas ao meio-dia e três à noite?"), Édipo conseguiu desvendar, dizendo que era o homem. "O amanhecer é a criança engatinhando, entardecer é a fase adulta, que usamos ambas as pernas, e o anoitecer é a velhice quando se usa a bengala".
Conseguindo derrotar o monstro, ele seguiu à sua cidade natural e casou-se, "por acaso", (já que ele pensava que aqueles que o haviam criado eram seus pais biológicos) com sua mãe, com quem teve quatro filhos. Quando da consulta do oráculo, por ocasião de uma peste, Jocasta e Édipo descobrem que são mãe e filho, ela comete suicídio e ele fura os próprios olhos por ter estado cego e não ter reconhecido a própria mãe. Após sair do palácio, Édipo é avisado pelo Corifeu que não é mais rei de Tebas; Creonte ocupara o trono, desde então. Édipo pede para ser exilado, mandado embora. Pede, ainda, para que Creonte cuide das suas duas filhas como se fossem suas próprias.
A história está recolhida em Édipo Rei e Édipo em Colono de Sófocles. Vários escritores retomaram o tema, que também inspirou Igor Stravinsky para a composição de um oratório, o tema também foi abordado na música "The End", da banda estadunidense The Doors
trecho retirado da Wikipedia.
Em outras histórias, menos trágicas, vemos o conceito da inevitabilidade trabalhado, em séries como Smallville, ou Battlestar Galactica, e na saga heróica de The Matrix, onde o personagem Neo é a personificação da inevitabilidade desde o começo enquanto um hacker adormecido na Matrix até o final com sua morte em sacrifício pela humanidade, nesta história por sinal, a última frase deste personagem retoma o ponto:
"You were rightSmith. You were always right. It was inevitable."

Este post, foi para lembrar, que existem coisas que são inevitáveis, por mais que queiramos lutar contra elas, e se tentarmos mudar nosso caminho, acabaremos por fazer o que fez Édipo, cumprir aquilo que queria combater, sem saber que o fazia.

Existem coisas que são inevitáveis. Mas nada é inevitável.

Retomaremos esse conceito mais vezes, muitas vezes nos posts futuros, incluindo conceitos muito mais complexos, como a Teoria do Caos, e enunciados relacionados como A Teoria dos Jogos, o Efeito Borboleta, a mecânica quântica em paradoxos como o Gato de Schrödinger, Ética e Moral, o aparelho psíquico Id, Ego, e Superego como funcionam e como o impacto de sua formação influenciará no conceito que criei e denomino "Entropia Social" e como isso tudo está relacionado ao nosso dia-a-dia e nossos relacionamentos.

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Trilha sonora sugerida para este post: All Along The Watchtower - Jimi Hendrix
Link para donwload: http://bit.ly/hZjrUW
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Dia nublado do mês do aniversário de uma pessoa especial do ano que já começou.

Querido diário, as pessoas começam assim porque falam com o diário, e eu que sou louco.

Quando pequeno, o pai do homem louco dizia que ele deveria
"andar na linha".
Louco como é, ele sempre se imaginava em uma altura, andando em corda bamba,
não podendo desviar da linha reta.
Com o tempo o homem louco percebeu, que haviam três tipos de pessoas:
Os que andam na linha.
E esses são pessoinhas trabalhadoras, formiguinhas pra se fazer crash e ver
liquidinho asqueroso.
Os que desviam da linha.
E esses caem lá do alto, e se esparramam no chão, e deve doer.
E os que decidiram voar.
Os que decidiram voar, não podem cair, e não precisam se limitar
a andar na linha, mas todas as coisas tem suas regras, toda brincadeira tem seu lado
sério, e os livros não voam, mas algodão doce é bom.
Os que voam são incompreendidos, eles não são lógico-lineares, e as vezes,
também não são racionais.
A ordem do pai do homem louco era andar na linha, se ele voa, está errado,
deve descer e ficar limitado, deve andar na linha, deve buscar açúcar porque
um dia ele terá que voar.
Lá em cima, ele tem um sofá no céu, e voando com ele existem algumas personagens
especiais, o homem louco quer visitá-las, e ele vai, porque quem voa é livre, e mais
cedo ou mais tarde, a linha acaba, mas quem voa sempre continuará, de alguma forma.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Changes

Mudanças...

Nada mais humano que as mudanças...
Elas ocorrem, por que variamos quem e como nós somos.
Nossa primeira forma de identidade, é na verdade um compêndio do que vemos
em nossas famílias, e a forma como nos tratam, posteriormente, as demais pessoas,
de acordo com os mesmos critérios.

Não escolhemos nossa família, nem os colegas de escola,
a qual também nos é imposta.

Mas chega um determinado momento, em sua vida, em que você ganha o poder
da criticidade, e pode escolher. Dentre as escolhas que pode fazer, estão quem
serão as pessoas que formarão o seu círculo social.

Tão normal quanto esperado, eu mudei.

Os últimos anos foram significativamente decisivos para que essa minha personalidade
atual se consolidasse.
Haviam fragmentos, surgidos, mas como as coisas iriam progredir, como elas progrediram,
era impossível acertar.

Este é o momento de transição desse blog, você pode visualizar todos os meus textos antigos,
e traçar o meu antigo perfil, e se o fizer corretamente, irá se chocar com o que vem a seguir,
pois os próximos posts, serão uma outra fotografia, fragmentos para demonstrar quem, eu sou.

Seja bem vindo(a) ao diário de um louco.

Omnia mutantur, nos et mutamur in illis.

Trilha sonora sugerida para este post: Changes - Ozzy Osbourne.
Link para download: http://bit.ly/fUalmf
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Dia sei lá, do mês desconhecido, do ano que ainda não chegou.

Querido diário, as pessoas começam assim, porque falam com o diário, e
depois, eu sou louco.

O homem louco está sentado em um sofá, ele tem um sofá no meio do céu.

E ele olha pra baixo e vê as pessoas, e elas parecem formigas, formigas atrás do açúcar.
Elas não pensam, seguem o que a rainha manda, e correm atrás do açúcar, por isso,
o homem louco pisa nelas as vezes, porque elas são formigas, e insignificantes,
quando ele pisa faz CRASH e sai liquidinho asqueroso.

O homem louco não fala formiguês, gosta de açúcar, mas também gosta de panetone,
e de chocolate, e abacaxi.

Algumas vezes, o homem louco se sente sozinho, porque as formigas são ordinárias,
seguem uma rota, seguem suas regras e a sua rainha, as formigas não são loucas.
Mas, existem outros personagens na história que não são formigas.
O homem louco gosta dessas personagens, elas são especiais, raras,
porque não são formigas, o homem louco cuida delas, e visita elas, conversa com elas.

Aliás, ao longo de algumas visitas, algumas personagens chamarão muito a atenção.

Melhor viajar, viajar a pé, viajar voando, viajar de trêm, viajar na loucura.

Pelos próximos acontecimentos, vamos viajar, guiados pelo homem louco.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Como nasce o Sonho...



Ele nasce de um pedaço meu,
e vai de encontro a um pedaço teu.
Ele nasceu naquela manhã fria, de caminhada com o vento.
Ele nasce no dia de hoje, quente de sol.
Ele nascerá na noite, fria de chuva.
Ele não está preso onde estamos, ele é livre do tempo e do espaço,
porque eles não existem, e o sonho passa a existir.
Ele nasceu de nós, e nos segue agora a sós,
me faz pai solteiro dessa criança, que no futuro trará a lembrança,
lembrança que hoje guardo comigo, dos dias que se passaram,
das lágrimas que eles choraram, dos sorrisos bobos que eles sorriram,
das risadas exageradas, dos exageros cometidos, dos acertos esquecidos,
dos erros enaltecidos, dos corações que sangraram, e da sorte que alcançaram.
Ele que é livre do bem, e livre do mal,
porque eles não existem, e o sonho passa a existir.
E eu sigo sozinho, sozinho como em 22, mas acompanhado dele,
do sonho que nasce de um pedaço de mim.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011




Querida me perdoa, por não esquecer de nada,
perdoa, enxergar além do que os olhos deveriam ver,
perdoa, conhecer a história, sem precisar virar as próximas páginas,
perdoa, não estar aí, te fazendo companhia, quando se sente sozinha,
perdoa, não poder te confortar, quando te sentes casada,
perdoa, não estar aí, onde quer que seja, e estar aqui onde quer que eu esteja,
perdoa, sobretudo, por não cobrar o teu perdão quando convém,
por deixar passar o momento, por não enxergar o que os olhos deveriam ver,
por conhecer a história e ainda assim, virar as próximas páginas,
por estar aí em parte, quando esta sozinha, te fazendo companhia,
por ficar desconfortável, quando te sentes cansada,
por estar aqui, onde quer que eu esteja, contigo no meu pensamento,
onde quer que estejas.
E por cobrar o teu perdão.

sábado, 8 de janeiro de 2011

Você está aí?


Minha querida eu já fui notável, e me fiz notar, e me fiz amar, 
mas a vida não é sempre como deve ser, e minha querida eu me perdi.
Ainda assim fui notado, e me fiz notar, e me fiz temer,
me perdi dentro de mim, me afoguei em meu orgulho.

Minha querida eu contemplei o mal, e através dele contemplei o poder,
e me perdi em meus poderes, apenas para vê-los me deixarem,
um a um, cada um, dos fragmentos importantes no meu coração.

Em minha perdição, eu procurei por você, desesperadamente,
e minha querida, eu te confundi com outras, eu te procurei dentro delas.
Lá dentro encontrei meu eu, um conteúdo, irônicamente vazio, e eu era frio.

Eu não tinha cor, e já não tinha face, eu tinha uma máscara de gesso.

Perdido, eu temi pelo caminho, eu vaguei, 
em determinado momento querida, me perdoe, eu me esqueci de você.
Desacreditei que te encontraria, e em determinado momento, parei de procurar.

Mas por bem, o mal não perdura para sempre, era noite, e querida, amanheceu.
A luz do sol trouxe cor, o calor aqueceu o frio, e a máscara se quebrou.
Não quebrou fácil querida, e por bem, quebrou por mal, já não era mais desgraça,
era agora então resquícios.

Aprendi querida, você não diferencia o bem do mal, você não é incorruptível,
e você não é inquebrável querida, não, não é.
Mas não podia ficar ali, e então, Ele me ajudou querida, 
sim, Ele sempre esteve por perto.

O osso quebrado, pode até ter conserto, mas não é mais o mesmo.
Querida sou um osso quebrado, eu caí, e a ruptura me mostrou que de certas alturas
qualquer um pode quebrar, não sou mais o mesmo.

E nem eles, pois já não estavam lá, querida eles se foram, um a um e eu fiquei só.
Só como tem sido em 22.

Mas querida, estou voltando, estou voltando a ser aquela promessa.
Eu sei que eles estão por aí, e estão voltando aos poucos.

Querida, de tudo que eu já desejei, nada jamais valeu tanto, quanto meu desejo por ti.
Sozinho eu te procurei nelas, e você não estava lá,
sozinho, quando fui taxado de inúmeras formas, mas estou aqui, e nunca te traí querida.
Meu desejo está aqui, tudo está melhorando, está fazendo valer a pena.

Não os culpo por não entender, pois nem eu sequer compreendo.
Nunca vi seu rosto, em nenhum daqueles momentos,
nunca li uma carta tua, nem pude te tocar de forma alguma.
Querida, a verdade é que por mais que eu te imagine conhecer, 
ainda não tenho o teu nome certo, nem sei se está por perto.
Mas eu estou aqui, e depois de tanto, só quero poder saber,
você está aí?

"Certeza a gente nunca tem". Assim me disse a sabia amizade.
Querida não quero certeza, não quero conceitos, não quero nada do mundo deles,
eu quero você, juntos seremos 2, e em 2 seremos um, e teremos nosso próprio mundo.

Já esperei por muito querida, e não me importo em esperar.
Um dia, nossas paralelas vão quebrar as crenças deles, elas vão se cruzar.
Nesse dia, eu saberei teu nome certo, 
não medindo esforços, te terei por perto, 
por quanto nos for permitido,
ainda que pouco, será muito, pois há muito tenho aguardado por esse tempo.

Você está aí?




sábado, 4 de dezembro de 2010

O Homem sem Máscara



Há muito, em um tempo onde o tempo não era relevante ainda.

Há muito, onde o local não era o que hoje é, havia um personagem, que crescia.

Em seu castelo irreal, em sua realidade ideal, fragmentos dispersos alteravam a percepção da vida.

Não tardou para adquirir conhecimento, do que há para se saber sobre todos os demais.

Em sua compreensão desigual, viu a natureza de todas as coisas, e sua visão alterou a percepção.

Prevendo o que aconteceria, e vendo o que se tornaria, a si mesmo trancafiou e sua máscara criou.

Induziu a percepção, fragmentou e dispersou, e vestiu-se do manto do altruísmo.

Então o tempo ganhou relevância.

E a realidade, a real, pôs a prova a resistência da máscara.

Em sua essência, advogava em favor daqueles que lhe alvejaram,
com sua força, permitia que olhos atentos, vissem através dela a todos os demais.

O veredicto era esperado, eles estavam com defeito.

Sair.
Quebrar.

Não. A máscara, tranca perfeita em conjunto com o manto do altruísmo criaram a
armadura que o prenderia ali, e com o poder, manteve os fragmentos, e se voltou
contra os que os alvejaram.

Mas em um exercício de comprovação do inegável, a máscara contemplou o inquebrável,
e questionou e respondeu: "Há algo que o seja?"

"Não."

Como um último ato, o conjunto irreal, a armadura de um anti-herói inexistente levou para longe,
a face, e silenciou as vozes de seu interior, deixando-a vazia.

Sem conteúdo, a face contemplou a existência, e com os fragmentos, criou sua percepção,
e não foi capaz de negar, o propósito da vida.

O manto do altruísmo se tornou em outra cor, antes indistinguível entre o preto, roxo, branco, azul e vermelho, agora era o medo. Revestida de sua nova armadura, a face encontrou propósito, e sonhou.

Agora com um sonho, se tornara entidade de poder, e aquilo que fora previsto que se tornaria.

Com os fragmentos sucessivos, a máscara se enfraqueceu, e a tranca deixou-nos a todos.

Então, viu-se sem que fosse visto o fim do homem de máscara, e em seu lugar, o que antes fora incompreendido, agora levantara-se para demonstrar sua compreensão.

Fria a face, já não mais sem conteúdo fitou o mundo, e o palácio irreal em que estivera, e viu que a realidade é. Não boa, não má, ela é.

E por fim, viu-se sem que se fosse visto o homem sem máscara, e então, dissera agora completo e após um sorriso malicioso:

"Eu não tenho mais limites."

A Face



A Face é notável.

E ela não te deixa pensar em outra coisa senão:

"Havia mesmo uma razão, para a existência da máscara."

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

A máscara



A máscara é de gesso, é fria, vazia.

Ela encobre a face, ela encobre todo o homem.

E o homem de máscara não é mais um homem comum.

Ele se torna frio, vazio.

Já não tem mais lábios comuns,
o homem de máscara não sorri,
o homem de máscara não beija,

com seus lábios de gesso, ele se torna distante.

Frio e vazio, ele compreende que não é como os demais homens,
ainda assim pode ser mais humano, que qualquer um deles.

Qualquer que seja o show, há um ator, dentro os demais atores,
que se encontra oculto, em seu rosto, não há rosto.

Com seus olhos, ele vê os demais, e eles não usam máscaras,
e para o homem de máscara, são transparentes.

Eles estão com defeito.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Quebrar.



Quebrar.

Ato sublime, notável, que se faz notar,
presente, cujo qual não se costuma presentear,
ao menos não aos amigos presentes, de amizade inquebrável,
inquebrável, é algo possível?

Quebrar, nos remete a um estado, de vários estados, de emoção
ou remoção, com ou sem noção do que se faz fazer,
é feito por aquele ou aquela que quebra, no sentido de quebrar,
e não de ser quebrado ou quebrada, ainda que possam, se não forem
inquebráveis, e há algo que o seja?

Quebrar é parte de uma escolha, ou posterior a escolha,
se é que seria possível,
escolher,
e agir sem que se esteja,
ainda na escolha que se escolheu,
e se a escolha foi quebrar,
ao quebrar você ainda está na escolha,
pois escolheu continuar com a ação de quebrar.

Escolhas.

Nem sempre temos escolhas.
Por vezes podemos escolher.
E muitas, são as vezes em que sabemos as escolhas,
as que escolheremos,
ou escolhemos querer escolher,
pois nos apetecem, inegavelmente.

Mas...

Até onde escolher, e escolher o que nos apetece é correto?
Até onde se pode pendurar no galho da árvore do correto,
quando o seu mundo está de ponta cabeça?

Quando há convicção, não há dúvidas.
Se há dúvidas, não se está de todo convicto.
Se não está de todo convicto, não está rígido o suficiente,
e se não está rígido o suficiente, então pode-se quebrar.

Neste momento, faço o que hoje fiz, e estou fazendo,
que é quebrar.

Ao lhe escrever, tão ávidamente, quebro o que fora dito.
Não apenas o faço, mas ao fazê-lo quebro muito do que se 
havia feito, no qual se esteve convicto.

Meus dias são vazios, mesmo sabendo que não estão.
Meu olhar é indireto, mesmo sabendo que não se desvia.
Minha linguagem é subjetiva, quase cantada em sua melodia singular, 
e ainda assim, é mais certa, direta, certeira, pontual e precisa que a mais 
perfeita combinação de flecha, mira e alvo.

E mirar, o alvo alvejado, e alvejar o que tanto lhe apetece, mas que é
em si desconcertante, conflitante a ponto de quebrar.
E os ponteiros, sempre tão amigos agora inimigos, se põem contra ti,
e o tempo, que antes vinha acompanhado, de tão bela acompanhante
agora só é amargo, triste, solitário, singelo vingativo e ele quebra,
quebra mesmo o inquebrável, 
pois inquebrável é questão de visão,
e ninguém pode mudar tanto a dona visão, quanto o senhor tempo,
que hoje é tão cruel.

Crueldade, que está presente na mais ingênua e sublime visão,
pois não há bondade que não seja de alguma forma comandante
no sangrento campo de batalha do ser humano, e que tarefa 
injusta, essa de ser humano.

O quebrar tem sua beleza, e que rara beleza,
intocável e proibida, o que a torna mais desejável,
e quando quebrado estiver, remediado jamais se tornará,
pois o que cai, ainda que se levante terá caído,
o que se levantou, ainda que tenha levantado, um dia cairá,
e aos estilhaços nascidos na terrível batalha da escolha,
escolha do quebrar, não se tornarão um, assim como o
homem ou a mulher que os tenham experimentado,
e que se com sorte quebrarem o que tanto se quer quebrar,
lamentarão eternamente a unidade que se quebrou, 
e celebrarão serenamente o prazer de um momento
singular, privativo, eterno, inquebrável.

Mas, há algo que o seja?


sábado, 7 de agosto de 2010

Metal Contra as Nuvens

Legião Urbana

Composição: Dado Villa-Lobos/ Renato Russo/ Marcelo Bonfá
I
Não sou escravo de ninguém
Ninguém, senhor do meu domínio
Sei o que devo defender
E, por valor eu tenho
E temo o que agora se desfaz.
Viajamos sete léguas
Por entre abismos e florestas
Por Deus nunca me vi tão só
É a própria fé o que destrói
Estes são dias desleais.
Eu sou metal, raio, relâmpago e trovão
Eu sou metal, eu sou o ouro em seu brasão
Eu sou metal, me sabe o sopro do dragão.
Reconheço meu pesar
Quando tudo é traição,
O que venho encontrar
É a virtude em outras mãos.
Minha terra é a terra que é minha
E sempre será
Minha terra tem a lua, tem estrelas
E sempre terá.
II
Quase acreditei na sua promessa
E o que vejo é fome e destruição
Perdi a minha sela e a minha espada
Perdi o meu castelo e minha princesa.
Quase acreditei, quase acreditei
E, por honra, se existir verdade
Existem os tolos e existe o ladrão
E há quem se alimente do que é roubo
Mas vou guardar o meu tesouro
Caso você esteja mentindo.
Olha o sopro do dragão...
III
É a verdade o que assombra
O descaso que condena,
A estupidez, o que destrói
Eu vejo tudo que se foi
E o que não existe mais
Tenho os sentidos já dormentes,
O corpo quer, a alma entende.
Esta é a terra-de-ninguém
Sei que devo resistir
Eu quero a espada em minhas mãos.
Eu sou metal, raio, relâmpago e trovão
Eu sou metal, eu sou o ouro em seu brasão
Eu sou metal, me sabe o sopro do dragão.
Não me entrego sem lutar
Tenho, ainda, coração
Não aprendi a me render
Que caia o inimigo então.
IV
- Tudo passa, tudo passará...
E nossa história não estará pelo avesso
Assim, sem final feliz.
Teremos coisas bonitas pra contar.
E até lá, vamos viver
Temos muito ainda por fazer
Não olhe pra trás
Apenas começamos.
O mundo começa agora
Apenas começamos.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

SONETO CV

"Let not my love be call'd idolatry,
Nor my beloved as an idol show,
Since all alike my songs and praises be
To one, of one, still such, and ever so.
Kind is my love to-day, to-morrow kind,
Still constant in a wondrous excellence;
Therefore my verse to constancy confined,
One thing expressing, leaves out difference.
'Fair, kind and true' is all my argument,
'Fair, kind, and true' varying to other words;
And in this change is my invention spent,
Three themes in one, which wondrous scope affords.
'Fair, kind, and true,' have often lived alone,
Which three till now never kept seat in one."


" Não chame o meu amor de Idolatria
Nem de Ídolo realce a quem eu amo,
Pois todo o meu cantar a um só se alia,
E de uma só maneira eu o proclamo.
É hoje e sempre o meu amor galante,
Inalterável, em grande excelência;
Por isso a minha rima é tão constante
A uma só coisa e exclui a diferença.
'Beleza, Bem, Verdade', eis o que exprimo;
'Beleza, Bem, Verdade', todo o acento;
E em tal mudança está tudo o que primo,
Em um, três temas, de amplo movimento.
'Beleza, Bem, Verdade' sós, outrora;
Num mesmo ser vivem juntos agora."
William Shakespeare

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Bem Vindo ao Clube

Finalmente chegaram, os tão anunciados novos tempos.

Faltam palavras para expressar gratidão.


Não me arrependo.


De nada daquilo que foi vivido.

De nada daquilo que foi feito.


Não faltam lágrimas para expressar gratidão.

Nem tristeza, pela separação.


Mas os novos tempos vieram.

Eles sempre vem.


Houveram propósitos para minha estada ali.


Era propósito, que eu aprendesse a necessidade de expressar-se.

Era propósito, que eu aprendesse que a nossa ação, muda a vida de pessoas.

Era propósito, que eu conhecesse pessoas especiais, e amizades inesquecíveis.

Era propósito, que eu conhecesse uma pessoa especial, e um sentimento inesquecível.

Era propósito, que eu caísse, e aprendesse a me levantar.

Era propósito, que eu fosse ao mais belo lugar,

diante dos mais belos olhos, e do mais lindo sorriso.

Era propósito, que eu deixasse de ir a esse lugar.

Era propósito, que eu ajudasse, quem precisou de ajuda.

Era propósito, que eu aprendesse a me importar com as outras pessoas, com seus problemas,

mesmo que elas não percebessem essa preocupação, ou julgassem minha obrigação.

Era propósito, que eu compreendesse, que tudo tem um propósito,

que dinheiro é importante, mas não compra o que importa.

Era propósito, que eu esperasse pelo bem, daqueles que me julgaram.

Era propósito, que eu quebrasse julgamentos, advogasse em favor daqueles que me acusariam,

e sentenciasse fim, a crimes que muitos julgam lícitos.

Propósitos, houveram.

Propósitos, foram cumpridos.















Considerações finais:

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"(...)toda história tem um começo,

todo começo possui uma continuação,

toda continuação leva a uma escolha,

toda escolha é uma encruzilhada,

alguém escolhe, eu escolho, você escolhe,

alguém sai ganhando, alguém sai perdendo,

e a história termina.


Mas, o que não fora dito, é que ela não tem fim, nada tem, ao menos, não a princípio.

Pois toda ação leva a uma reação, o que por sua vez caracteriza um evento, que eventualmente termina, mas nada tem fim, antes do final. (...)"


trecho do texto O Sapo Sapiente e a Beleza da Fera em um País das Maravilhas, publicado na segunda-feira, 13 de abril de 2009.



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"(...) Eu conheci alguém especial...

Alguém muito especial, com os olhos mais lindos, com o sorriso mais encantador.

Viciante.

Basta passar alguns minutos em sua presença, para não querer sair mais, nunca mais...

Eu vi segredos, que esse alguém esconde de si.

Mentiras que esse alguém proclamou como as verdades absolutas, nas quais queria acreditar...

Eu vi essa pessoa rir, mesmo que por dentro estivesse chorando...

Eu vi essas lágrimas serem externadas...

Eu quis secá-las, erradicá-las para sempre...

Eu o teria feito.

Mas não fiz. (...)"


trecho do texto A Vida. publicado na quinta-feira dia 30 de abril


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"(...)

O tempo todo ponderamos sobre nossas vidas, e o tempo todo perdemos algo.

Esse algo nem sempre é importante, ou talvez seja, mas só percebemos a importância, quando precisamos, e não precisamos de algo que já temos.(...)"

trecho do texto Suspense... publicado no dia 30 de maio de 2009


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"(...)Desta vez estou ciente, de que muito aconteceu, e que agora eu sou outro, parte de mim está mudando, já me vejo muito diferente de outrora...

Uma nova etapa se inicia com o término de outra...


Muito está para acontecer...

E finalmente, o sentimento de estar completo, sem insegurança, sem medo, sem nada...(...)

trecho do texto ... publicado no dia 22 de junho de 2009


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Texto da Rafa publicado no dia 1 de maio de 2009

Sabe Rafa, eu sempre tenho uma excelente memória. (Há quem diga que eu lembro de tudo! rsrs)

Não importa quanto tempo passe, ou quantas coisas aconteçam, ou qual seja a distância

Tudo o que eu vivi, estará sempre comigo, e você estará sempre comigo.

Assim como todos os grandes amigos que tive o grande privilégio, e a grande honra de conhecer,

conviver, admirar e claro, lembrar. ^^


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... Novos Tempos Chegaram ... publicado no dia 15 de setembro de 2009


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Ticking Clocks publicado no dia 22 de outubro de 2009


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"(...)Agradeço a grandes oportunidades que presenciei.

Corrigi erros.

Cometi erros.

Senti, e evolui com o sentir.

Cresci, e como cresci.(...)"


trecho do texto Fim. Início. Como de costume. publicado no dia 4 de novembro de 2009


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A todos:

Desculpem-me por não ter sido melhor.



Fim.





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segunda-feira, 10 de maio de 2010

A trilha que deixamos para trás...



Querida amiga, como é notável que com o passar do tempo,
também passem tantas coisas.
E se mantém presente a velha regra da obtenção por sacrifício.
É preciso sacríficio para que alcancemos nossos objetivos.
E quanto nos custa deixar de ter aquilo que tanto amamos,
mas se não fossem assim, não seria sacrifício, ou seria?

Hoje como todas as demais pessoas e coisas em nossas vidas,
eu mudei, e essa mudança, me fez lamentar não ter aproveitado todo
o nosso tempo como poderia, e a demora que houve antes do começo dele.

Mas como saberíamos?

Não estou mais sozinho, mas aos poucos, nossas trilhas se separam
e é a dúvida que impera.
Existem outras amizades hoje, que conheci a menos tempo, mas
não são menos importantes.

Aos poucos é o que acontece querida amiga,
nossos caminhos nos levam para onde jamais pudemos de fato imaginar
e chegando lá, vemos o quão longe chegamos
quando olhamos a trilha que deixamos para trás...

É questão de tempo.

Não sei se nossos caminhos convergem ao mesmo destino,
ou se vão se cruzar novamente até lá,
mas, não me deixas sozinho,
ainda que seja essa a tendência de sempre.

De qualquer forma, fica aqui o registro, que após alguns anos,
podemos ver sim, uma bela trilha que deixamos, construída
não apenas por nós, mas por outros atores, outros sonhos
erros e acertos .

E continuemos até que chequemos, enfim, ao final.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Cicatrizes

27 de fevereiro de 2010

Hoje pela manhã eu caminhei.
Foi uma caminhada agradável, o clima era bom.
Não estava calor, o vento estava frio e se fazia notar
as árvores, folhas, e faixas denunciavam a presença dele.

Foi inevitável aproveitar o momento de silêncio, e refletir.
Refletir sobre o momento.
Refletir sobre os momentos.
Ver semelhanças e diferenças entre o eu de hoje, e o eu de outrora.
E fiquei muito feliz, por compreender muito do que é importante.

Outrora, quis mudar o mundo.
Hoje, fico feliz em poder mudar a mim mesmo.
Outrora, me julguei infalível.
Hoje, fico feliz por ter falhado.
Não vejo momento mais propício para evolução, do que a falha.
O sucesso é importante, almejado, conquistado, e tem o seu valor.
Mas, são as cicatrizes, deixadas pelas falhas que falam mais alto.

As feridas, são curadas, as da pele, do coração, da mente...
Mas, as cicatrizes, que surgem quando a ferida é muito profunda,
elas não somem, elas são os sinais para não seguirmos determinados caminhos.

Muitas são as lições que acumulo, mas poucas tão valiosas quanto as cicatrizes,
E não importa o que faça, as pessoas não vão mudar...
Os jovens não serão mais sábios,
Os mais velhos, não serão mais tolerantes com a falta de experiência,
e também não serão mais sábios,
Os maus, não deixarão de sê-lo.
Inocentes, não deixarão de sofrer.
E a maioria não deixará, de deixar passar, a imagem que as árvores
produzem, com o vento, em uma manhã agradável,
ou refletir o que importa.
O que importa, não são eles.
Não é o futuro.
É o hoje,
o agora,
o eu,
o você,
o nós,
o vento,
as árvores,
a reflexão,
e uma manhã fria.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Ticking Clocks...

Os ponteiros do relógio estão se movendo.

Por trás deste movimento existe todo o movimento da máquina do relógio.
Engrenagens, movidas por alguma fonte de energia.
Está acontecendo agora, e enquanto houver energia acontecerá.

O movimento dos ponteiros é um sinal. Sinal de movimento.
Movimento do tempo, e das coisas do tempo...
O que são as coisas do tempo?  Com tempo, você descobre.

Enquanto houver energia, acontecerá, as engrenagens vão se mover
a máquina vai se mover, os ponteiros vão se mover, e o tempo vai se mover
e as coisas do tempo vão se mover.
Quando não houver mais energia, as engrenagens vão parar,
e a máquina do relógio vai parar, e os ponteiros vão parar,
mas não o tempo, não mesmo, e nem as coisas do tempo.

Não param.
Não pára.
A vida.

Observar o movimento dos ponteiros, pode te fazer pensar.
E pode te fazer refletir.
E também te faz lembrar, que o tempo pára.
Às vezes, muito raramente, o tempo pára.
Sob condições especiais, ele avança mais devagar,
em momentos especiais, ele pára.
E não volta, ele fica lá, para sempre.
Mas você não pára.
Pode querer, ficar ali, naquele espaço de tempo...
De fato, você ficará ali, muito tempo...
Todo o tempo.

Até, é claro, que os ponteiros se movam novamente...
Então, você vai lembrar, que enquanto você ria freneticamente,
os ponteiros não importavam, o tempo não importava.
E enquanto você chorava, da mais triste forma,
os ponteiros e o tempo, também não importavam...

Você não se importou com o tempo, enquanto ele parou.
Mas ele só parou para você, e para mim.
E ele vai voltar a se mover, e quando o fizer, ele não vai se importar com você
e nem comigo.
Não vai se importar, vai nos exportar, para outro tempo e outro lugar.

Porque ele não pára.
Ela não pára.
Mas eu vou saber, que ele parou, e vou lembrar, e vou voltar ali várias vezes
para sempre e sempre...
Enquanto for permitido, contemplar o momento, em que o tempo parou
em que o desejo, era que ele não passasse, era que as coisas não fossem...

O que elas serão?
Não sabemos.

Mas sabemos como queremos que elas sejam.

Elas serão como queremos?
Não.

Ou talvez.

A certeza, a única certeza, é que elas serão, como Ele quer que elas sejam.


As coisas do tempo...

Como elas são?

Ah! Sim, sim, como seriam as coisas do tempo, você quer saber?

Elas são.


Como devem ser.

As coisas como devem ser.