As vezes há vontade de dizer algo, algo de significado, mas as palavras fogem.
Caminhando na mesma velha estrada, a ponto de cansar.
Em meio a caminhada, aquele momento em que a gente pára...
Tem alguém por perto e a gente quer falar, mas tem o velho cansaço...
A tensão...
E as palavras fogem.
Até porque o silêncio nos serve bem...
Mas tem alguém por perto, que as vezes diz alguma coisa...
E aquelas palavras ecoam por todo aquele silêncio de caverna escura e vazia.
Ecoam mas não vão embora, caverna feito concha na areia de praia,
e elas, as palavras, não fogem.
Ficam cantando a velha canção.
Nesses momentos que eu procuro uma canção nova, fujo do silêncio,
procuro a música barulhenta, em som alto pra ensurdecer as pedras pelo caminho.
Canção pra lavar a alma.
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