quarta-feira, 10 de novembro de 2010

A máscara



A máscara é de gesso, é fria, vazia.

Ela encobre a face, ela encobre todo o homem.

E o homem de máscara não é mais um homem comum.

Ele se torna frio, vazio.

Já não tem mais lábios comuns,
o homem de máscara não sorri,
o homem de máscara não beija,

com seus lábios de gesso, ele se torna distante.

Frio e vazio, ele compreende que não é como os demais homens,
ainda assim pode ser mais humano, que qualquer um deles.

Qualquer que seja o show, há um ator, dentro os demais atores,
que se encontra oculto, em seu rosto, não há rosto.

Com seus olhos, ele vê os demais, e eles não usam máscaras,
e para o homem de máscara, são transparentes.

Eles estão com defeito.

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