domingo, 6 de março de 2011

All Along The Watchtower

Você, ao longo da sua vida, pode estudar diversos conceitos e coisas e tals,
mas dificilmente algo será tão intrigante quanto a inevitabilidade.

Ao menos para mim, dificilmente algo é tão intrigante quanto isso.

Ao longo dos últimos anos, meses e o tempo que eu tenho de vida, ela esteve comigo,
o tempo todo, a inevitabilidade, em algum momento eu vislumbrei o que me tornaria,
em algum momento até tentei mudar isso.

A História de Édipo.

Segundo a lenda grega, Laio, o rei de Tebas havia sido alertado pelo Oráculo de Delfos que uma maldição iria se concretizar: seu próprio filho o mataria e que este filho se casaria com a própria mãe.
Por tal motivo, ao nascer Édipo, Laio abandonou-o no monte Citerão pregando um prego em cada pé para tentar matá-lo. O menino foi recolhido mais tarde por um pastor e batizado como "Edipodos", o de "pés-furados", que foi adotado depois pelo rei de Corinto e voltou a Delfos.
Édipo consulta o Oráculo que lhe dá a mesma previsão dada a Laio, que mataria seu pai e desposaria sua mãe. Achando se tratar de seus pais adotivos, foge de Corinto.
No caminho, Édipo encontrou um homem e, sem saber que era o seu pai, brigou com ele e o matou, pois Laio o mandou sair de sua frente.
Após derrotar a Esfinge que aterrorizava Tebas, que lançara um desafio ("Qual é o animal que tem quatro patas de manhã, duas ao meio-dia e três à noite?"), Édipo conseguiu desvendar, dizendo que era o homem. "O amanhecer é a criança engatinhando, entardecer é a fase adulta, que usamos ambas as pernas, e o anoitecer é a velhice quando se usa a bengala".
Conseguindo derrotar o monstro, ele seguiu à sua cidade natural e casou-se, "por acaso", (já que ele pensava que aqueles que o haviam criado eram seus pais biológicos) com sua mãe, com quem teve quatro filhos. Quando da consulta do oráculo, por ocasião de uma peste, Jocasta e Édipo descobrem que são mãe e filho, ela comete suicídio e ele fura os próprios olhos por ter estado cego e não ter reconhecido a própria mãe. Após sair do palácio, Édipo é avisado pelo Corifeu que não é mais rei de Tebas; Creonte ocupara o trono, desde então. Édipo pede para ser exilado, mandado embora. Pede, ainda, para que Creonte cuide das suas duas filhas como se fossem suas próprias.
A história está recolhida em Édipo Rei e Édipo em Colono de Sófocles. Vários escritores retomaram o tema, que também inspirou Igor Stravinsky para a composição de um oratório, o tema também foi abordado na música "The End", da banda estadunidense The Doors
trecho retirado da Wikipedia.
Em outras histórias, menos trágicas, vemos o conceito da inevitabilidade trabalhado, em séries como Smallville, ou Battlestar Galactica, e na saga heróica de The Matrix, onde o personagem Neo é a personificação da inevitabilidade desde o começo enquanto um hacker adormecido na Matrix até o final com sua morte em sacrifício pela humanidade, nesta história por sinal, a última frase deste personagem retoma o ponto:
"You were rightSmith. You were always right. It was inevitable."

Este post, foi para lembrar, que existem coisas que são inevitáveis, por mais que queiramos lutar contra elas, e se tentarmos mudar nosso caminho, acabaremos por fazer o que fez Édipo, cumprir aquilo que queria combater, sem saber que o fazia.

Existem coisas que são inevitáveis. Mas nada é inevitável.

Retomaremos esse conceito mais vezes, muitas vezes nos posts futuros, incluindo conceitos muito mais complexos, como a Teoria do Caos, e enunciados relacionados como A Teoria dos Jogos, o Efeito Borboleta, a mecânica quântica em paradoxos como o Gato de Schrödinger, Ética e Moral, o aparelho psíquico Id, Ego, e Superego como funcionam e como o impacto de sua formação influenciará no conceito que criei e denomino "Entropia Social" e como isso tudo está relacionado ao nosso dia-a-dia e nossos relacionamentos.

-------------------------------------------------------------------------------------------------
Trilha sonora sugerida para este post: All Along The Watchtower - Jimi Hendrix
Link para donwload: http://bit.ly/hZjrUW
-------------------------------------------------------------------------------------------------

Dia nublado do mês do aniversário de uma pessoa especial do ano que já começou.

Querido diário, as pessoas começam assim porque falam com o diário, e eu que sou louco.

Quando pequeno, o pai do homem louco dizia que ele deveria
"andar na linha".
Louco como é, ele sempre se imaginava em uma altura, andando em corda bamba,
não podendo desviar da linha reta.
Com o tempo o homem louco percebeu, que haviam três tipos de pessoas:
Os que andam na linha.
E esses são pessoinhas trabalhadoras, formiguinhas pra se fazer crash e ver
liquidinho asqueroso.
Os que desviam da linha.
E esses caem lá do alto, e se esparramam no chão, e deve doer.
E os que decidiram voar.
Os que decidiram voar, não podem cair, e não precisam se limitar
a andar na linha, mas todas as coisas tem suas regras, toda brincadeira tem seu lado
sério, e os livros não voam, mas algodão doce é bom.
Os que voam são incompreendidos, eles não são lógico-lineares, e as vezes,
também não são racionais.
A ordem do pai do homem louco era andar na linha, se ele voa, está errado,
deve descer e ficar limitado, deve andar na linha, deve buscar açúcar porque
um dia ele terá que voar.
Lá em cima, ele tem um sofá no céu, e voando com ele existem algumas personagens
especiais, o homem louco quer visitá-las, e ele vai, porque quem voa é livre, e mais
cedo ou mais tarde, a linha acaba, mas quem voa sempre continuará, de alguma forma.

Nenhum comentário: